Esta é uma das decisões que mais me custou a fazer nos últimos tempos. Pensei muito antes de me decidir por este caminho.
Não vou escrever mais neste "Livro de Aventuras." Principalmente, porque este blog estava destinado a ser um "memorando" de bons momentos, boas recordações, bons sentimentos. Mas, por estes dias, não tenho nada disso, e sinto que não voltarei a ter nos próximos tempos. O último grande momento foi o fim-de-semana de 26, 27 e 28 de Março. Sim, dias extremamente felizes. Que saudades....
Sinto que está tudo a acabar... outra vez.
É o estágio, é a vida académica, é One Tree Hil, são os amigos cada vez mais distantes... e o futuro avizinha-se difícil. Valerá a pena continuar? Vale a pena continuar a viver. Mas não vale a pena continuar a escrever aqui. Não quero ser mais um a escrever apenas para me queixar do que está mal.
O Livro de Aventuras está terminado. Obrigado a todos os que, de alguma forma, contribuíram para manter o espírito vivo. Um obrigado especial ao André Miguel. Espero que continues a lutar para escrever o que sentes e o que pensas, livremente, na blogosfera.
Eu fico por aqui, e não criarei mais nenhum blog.
Para a despedida, deixo uma frase de Shakespeare, saída da série One Tree Hill:
"There is a tide in the affairs of men. Which, taken at the flood, leads on to fortune. But omitted, and the voyage of their life is bound in shallows and miseries. On such a full sea are we now afloat, and we must take the current when it serves -- or lose the ventures before us." -- William Shakespeare, "Julius Ceaser"
e o momento final da primeira temporada, de One Tree Hill
Este é o último post deste blog.
Hà muito que tinha pensado nesta hipótese, e cada vez mais acho que é a melhor opção. Porque, basicamente, esta escrita despreocupada e totalmente inútil está a estragar-me. Estraga-me os sentidos, as memórias, as perspectiivas que tenho dos acontecimentos, e tudo o resto que agora não me apetece estar aqui pormenorizadamente a explicar. Este blog foi um fracasso, apesar de não ter sido planeado com objectivos. Por isso, não havia qualquer meta para o sucesso, mas mesmo assim, penso que foi um fracasso. E não vale a pena continuar.
A vida é tramada. Leva os amigos, traz saudades, obriga a esforço, que algumas vezes não é recompensado, e no fim de tudo, olho para tràs e não vejo razões de peso para continuar a acreditar que vai ser diferente.
Logo aí me lembro de uma "fala", em One Tree Hill:
"És demasiado novo para não acreditar que vai ficar tudo bem."
Claro que acredito que vai ficar tudo bem. Que um dia serei feliz, sentimentalmente feliz, profissionalmente realizado, com um ou outro sonho publicado. Sim, acredito.
E que terei novamente dias como este, que a foto faz lembrar.
Assim espero.
Grande abraço.
Fernando Ferreira
O trabalho devia ser a coisa mais importante da vida.
Está aí o verão!
Estão devolta as noitadas até às 4h da manhã para fazer trabalhos!
Regressaram os "Fernando, isto está mesmo muito bom! Não te risquei nada. Está excelente!"
Voltaram a epifania e a clarividência, e também a vontade de saber mais e melhor.
Os dias intensos vieram para ficar.
E eu não podia ter mais esperança no futuro: tenho provas dadas de que sou capaz de me superar, sei o que quero e o que não quero, tenho autoridade-própria para escolher o que quero e o que (ou quem) não quero para mim... e tudo isso me faz sentir bem. E não venham cá com histórias, o mais importante é sentirmo-nos bem. Bem com a vida. Bem com tudo. Bem. Apenas BEM!
O mais importante somos nós (me&friends), o amor próprio, a confiança e a segurança, e tudo em que acreditamos, e tudo o que queremos fazer, ser, e viver. Sinto que vêm aí muitas coisas boas!
"Rise up and take the power back"
"A sua confiança aumenta a cada dia, sobretudo na sua vida profissional."
"Vai ter uma grande energia e sentirá aumentada a sua confiança nas suas próprias capacidades. O futuro parecer-lhe-á mais promissor e agirá com mais fé e segurança, encontrará uma maior paz interior e sentirá uma grande vontade de acção, tanto a nível profissional como pessoal."
Obrigado!
Que posso eu querer mais?
Sei que estou a viver os dias mais importantes do ano, quem sabe do curso de Fisioterapia. Sinto que estou numa rua de sentido único:a via do sucesso. Claro que tudo depende do trabalho, e só eu sei a dificuldade que é ter pacientes neurológicos, e ter que preparar avaliações de vários casos difíceis, que implicam muito trabalho de casa. Ontem estive a lêr livros que nunca pensei lêr tão cedo, porque num mundo ideal, não precisaria de adquirir esse conhecimento. Foi difícil, mas por outro lado, foi fantástico!
As respostas de que preciso estão apenas à distância de abrir um livro, de pesquisar no google! É realmente simples combater a ignorância, e iluminar o caminho escuro! É simples, mas dá trabalho.
Mas... o que é que se consegue nesta vida sem trabalho?!
Estou um bocado "abananado" comigo mesmo, porque, se eu soubèsse que as respostas para as minhas questões-maiores acerca da Fisioterapia estavam à distância de um virar de página, já estaria um mestre nestas lides. Agora, assim, à pressão, não está a ser fácil, mas já sei qual a diferença entre ataxia e espasticidade. Entre neurónio motor superior e inferior. Entre estudar para a frequência e estudar para ficar a saber o porquê. E saber estas diferenças é crucial, digo-vos eu, caros leitores, que sei be,m do que falo!
E pensar que estava tudo escondido no meio de centenas de páginas de Anatomia & Fisiologia, e de Neurociências... Ah, vida! Até parece que os livros andaram estes quase quatro anos a gozar comigo, a rirem-se nas minhas costas... até parece que os estou a pouvir, a rir, baixinho:
- "ai não nos queres lêr, então não ficas a saber o que é o Clónus, nem as vias piramidais, nem a bomba de sódio-potássio"
- "ai pensas que não precisas de saber nada disspo, e que isto é complicado?! Então espera para chegares ao estágio do 4º ano, e depois vamos vêr se nos lês ou não!"
Livros tramados!
Mas ainda bem que os tenho, porque sem eles seria tremendamente mais difícil!
Haja vontade e tempo de os lêr, e cafeínba para me manter acordado!
Sigo agora para as mais espectaculares e produtivas semanas deste Ensino Clínico, com a confiança em cima: os meus livros são os melhores do mundo!!!
Já estava à espera que o dia de hoje trouxèsse emoções mais fortes, e saudades, e sensações do estilo de borboletas no estômago. Não se pode parar o tempo.
A questão aqui é só uma: conheci dois colegas do 2º ano nestas duas semanas de estágio. Provavelmente, duas das melhores pessoas que Macedo de Cavaleiros me proporcionou. Isto em duas semanas. E acho sinceramente que não é julgamento precipitado. Sei bem do que falo, porque conheço igualmente pessoas muito más, e outras que me são apenas colegas e colegas só. Estes dois tornaram-se amigos. Dos bons, julgo eu. E é bastante frustrante vê-los ir embora, e deixarem-me sozinho, neste local que desconfio estar um bocado a "esconder" a verdadeira essência.
Não é dos melhores estágios, e pela terapeuta, pelas auxiliares e pelos pacientes, não estou a gostar. Disse o mesmo em Chaves até à última semana. Esforcei-me e tive 18,2. Aqui pode acontecer o mesmo. Espero que aconteça o mesmo. Só depende de mim, eu sei.
Hoje foi um dia para acordar com chuva lá fora. Hoje preferi correr à chuva até casa, e chegar quase como se tivèsse saído do chuveiro. A partir de hoje, é a doer. Mas que valha a pena.
Ficam muitos bons momentos, muitos "PORRA's", muita risada, um fim-de-semana sem igual, muitas promessas de nos voltarmos a encontrar, muitas fotografias e vídeos, e a esperança renovada: afinal, ainda há pessoas que eu não conheço, e que merecem o empenho de uma amizade a sério.
Aconteceu sem estar à espera, sem porquês nem obstáculos. Tal e qual como eu acho que devem acontecer todas as amizades, todas as paixões, tudo o que de melhor há na vida. Porque as coisas boas simplesmente acontecem. Não se fazem acontecer. E este fim-de-semana foi, certamente, um dos melhores de hà muitos anos. Por várias razões... e estaria aqui a martelar o teclado nas próximas horas, se as quisèsse revêr todas. Por essa razão, não vou citar nenhuma. Fica aqui o resumo:
Sexta:
- fui jantar à cidade dos sonhos (Gouveia, claro está)
- conheci mais um bar em Gouveia (SoSimple Bar)
Sábado:
- fui à Serra da Estrela
- estive horas a jogar matraquilhos
- andei de karts
- senti-me um puto a correr e a saltar e a atirar bolas de neve
Domingo:
- fui a Viseu, ao Palácio do Gelo
- joguei bowling e fiz um strike
- vi o filme "O Lobisomem"
- comprei, finalmente, o cd "Alanis Unplugged", na fnac por 9,95€. Agora já tenho o original!!!
3 dias. Alegria. Rir. Companhia. Amizade. Tudo.
Muito bom, para elevar o estado de espírito, e para dar força nos dias que aí vêm. Vou precisar.
Venham mais dias assim, como estes :-)
*PS: Horóscopo de Adrian Duncan para sábado e domingo:
Sábado
This is a good day to meet friends and talk about stuff. Group events bring people together and stimulate the mind.
Domingo
In many ways this is a weekend for friends, and a special event takes place today. A particular group means a lot to you.
Fantástico. Estou rendido.
Hoje foi o dia em que mais me ri, desde a última vez que tive um dia assim (que já não me lembro quando foi). É óptimo estagiar. Esse óptimo ganha todo um novo significado quando se juntam mais colegas, e se reunem as condições necessárias para acontecer parvalheira:
Tínhamos acabado o tratamento aos pacientes do Ginásio de Convalescença às 17h. Só voltávamos a ter pacientes às 18h, nas consultas externas. Por isso, fomos para o outro ginásio experimentar os equipamentos, os materiais, enfim... fomos fazer o papel de doentes.
Estavam lá umas caixas redondas transparentes, tipo tupperware, com umas massas coloridas, estilo plasticina. Servem para treinar a força das mãos, e ganhar proprioceptividade. Experimentámos todas. Umas eram mais duras, e outras eram mesmo muito flúidas. A verde era a mais fluida. Entretanto chegou a minha paciente, e fomos os três (eu, o Olivier e o Gabriel) preparar tudo para ela fazer os tratamentos. Deixámos as "plasticinas" em cima da marquesa, no lençol.
Depois de prepararmos tudo, eu e o Gabriel voltàmos para brincar mais um bocado com as plasticinas. O Olivier foi falar com a nossa terapeuta, para tirar umas dúvidas acerca da avaliação da paciente dela. Tirámos as mais duras de onde as tínhamos deixado. Quando tentámos arrancar a "plasticina" verde, verificámos que ela estava completamente entranhada no lençol, que nem uma pastilha elástica.
É que podia muito bem ter entrado pela "boxe" adentro a nossa Fisioterapeuta, ou a outra Fisioterapeuta, ou mesmo a Auxiliar, ou ainda um paciente. Qualquer um podería ter entrado, e visto o bonito serviço que nós tínhamos feito. Mas nós apenas ríamos. Rir rir rir rir rir rir rir rir rir rir rir rir rir rir rir rir rir rir rir rir rir rir rir... rir até doer a barriga, até faltar o ar, e quase até às lágrimas. Nada de pânico. Apenas rir.
Gabriel - Estamos fodidos
Eu - Vou chamar o Olivier
Consegui fazer cara séria, e saí para chamar o Olivier, e desatei a rir outra vez quando entrei de novo na boxe, e vi o lençol com uma mancha verde fluorescente bem no meio.
Olivier - Vocês, quando se juntam, fazem sempre merda!
Depois de fazermos uma bola de plasticina com um bocadinho de cada massa (a bola ficou bastante colorida e original), acabámos por tirar o lençol, enrolá-lo e enfiá-lo dentro do casaco do Gabriel, que de um momento para o outro, passou de "pele e osso" para "cheiinho", e saímos do ginásio a conter as gargalhadas. Fomos pôr o lençol ao cacifo. Enquanto isso, o Olivier foi à dispensa buscar um lençol novo.
E ninguém deu por nada.
Mas o Hospital de Seia ficou sem um lençol, e nós ficàmos com uma bola "saltarica" que nos proporcionou mais gargalhadas quando a atiràmos ao chão e ao tecto e a todo o lado, enquanto nos vestíamos, à saída.
E dizem que a Fisioterapia é uma seca...
Alegria!
Principalmente o CD "MTV Unplugged".
É a cura para todos os males. Então aquele "That I would be good" é divinal. Acho que ainda não foi testado, mas não tenho dúvida nenhuma que seria 100% eficaz em todas as doeças, até nas mais complicadas.
Pensem nisso. Ou não. Tanto me faz,
É isso, primeiro dia e já me encontro a ouvir Alanis atràs de Alanis. Por um lado, ajuda-me a ter calma, a pensar que isto não vai durar para sempre, e que afinal de contas, poderia estar bem pior. Isso é certinho. Se virmos bem as coisa, nem tenho razóes para me estar a queixar, e nem estou a queoxar-me. Não se pode avaliar um percurso completo, com base na primeira curva. Nem o caminho é igualaté ao fim, nem as mudanças, nem o clima, nem...
ok, vou a GOUVEIA com os colegas.
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